NO MOCAMBINHO TEM: MEIO AMBIENTE E LAZER

Há 24 anos o parque ambiental Teresina vem atuando como mais uma opção de lazer e educação ambiental da cidade. Situado no bairro mocambinho, zona norte de Teresina, a área ocupa uma das maiores reservas ambientais da cidade, são pouco mais de 36 hectares de recobertos por uma vasta vegetação e variadas espécies de animais.
Atualmente a sede do parque passa por uma pequena reforma. De acordo com a estagiaria do parque, Raquel do Nascimento, os principais pontos da reforma vão desde a pintura das instalações, até as instalações de rampas de acessibilidade importantes para visitantes com necessidades especiais.
RESGATE HISTÓRICO: Fundado em 1984 ainda na gestão do prefeito Wall Ferraz a reserva inicialmente pertencia aos domínios do bairro Buenos Aires, sendo batizado com o nome de Horto Florestal e posteriormente Jardim Botânico de Teresina. Em 1994, já sob os comandos do Prefeito Firmino Filho, o parque foi dado como presente à cidade de Teresina em comemoração ao seu aniversario de 142 anos, passando então a pertencer aos domínios do bairro Mocambinho e a ser chamado de Parque Ambiental de Teresina.
UM PASSEIO PELAS TRILHAS: Segundo a administradora do parque Sra. Jaqueline Lustosa, hoje a reserva conta com aproximadamente 172 espécies de arvores, destaque para o pau-brasil, árvore de deu nome ao nosso país e que foi quase extinta nos tempos do Brasil colônia, alem de árvores frutíferas e uma variedade de plantas medicinais.
A fauna da região também não deixa a desejar, lá ao contrario do zoobotânico da cidade os bichos vivem em plena liberdade longe das grades e da nostalgia comuns nos grandes jardins botânicos.
Em um passeio pelas trilhas é comum nos depararmos com macacos, preguiças que ficam nas copas das árvores, tatus, tamanduás e até cobras. O clima é ameno e o cheiro do verde nos remete ao bucolismo, sensação pouco comum, já que nas cidades o que impera é a morbidez do concreto e a poluição constante. Podemos até arriscar um contato mais íntimo com os animais, tocar nos tamanduás e alimentar os macaquinhos são experiências bastante interessantes. Aliás, alimentar estas figuras é a principal motivação de crianças, que estudam nas escolas mais próximas, a visitarem o parque, tudo em troca de boas risadas.
EDUCAÇAO AMBIENTAL: Além dos passeios são promovidas palestras e cursos no auditório do parque. Segundo a administradora, nas palestras sempre são exibidos, filmes além da orientação de biólogos visando promover a conscientização das pessoas, principalmente das crianças, de forma orientá-las a agirem racionalmente frente aos recursos naturais. Também são promovidos cursos, especialmente de taxitemia, onde os alunos aprendem a arte de dissecar e empalhar cadáveres de animais, estes depois são encaminhados para o museu de animais e fósseis do parque.
O museu, que é modesto, fica numa sala de 20 metros quadrados. Algumas peças ficam no chão como se estivessem vivas. É o que acontece, por exemplo, com uma imensa cobra sucuri que mede cerca de 5 metros de comprimento, além de outros bichos e fósseis encontrados no parque.
MEIO AMBIENTE E AÇAO SOCIAL: É notável a preocupação, parte da equipe de profissionais que compõem o parque, com projetos de ação social, que objetivam uma integração entre a sociedade e a natureza. Merecem destaque: Encontro dos idosos – encontro realizado quatro vezes ao ano, nos quais, os velhinhos asilados das demais casas de abrigo de Teresina, são reunidos durante todo um no parque, participando de atividades coletivas, como: café da manhã, passeios nas trilhas, brincadeiras, além de exames de saúde; Museu nas Praças – peças do museu são deslocadas às principais praças da cidade, proporcionando a população comodidade ao passo que estas não precisam se deslocar por distantes percursos; Doações de Mudas de Plantas – objetiva promover o reflorestamento em áreas carentes de verde da cidade; Natal Natureza – programa que consiste na troca de mudas de árvores por brinquedos e alimentos destinados a crianças carentes.
PROJETOS PARA 2009: Uma das metas para este ano, era a reforma das instalações da sede do parque, esta já se encontra em curso. São previstas construções de mais laboratórios, compra de aparelhos especializados e de um ônibus (que é a maior necessidade que o parque enfrenta hoje) de forma facilitar o transporte dos visitantes, além, da construção de um borbuletário e da casa dos insetos, ambas formas de incentivo ao estudos e pesquisa das deferentes espécies de vida encontradas na reserva.









Fábio Chaves
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